sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O pecado para morte

Em que coisa consiste e a impossibilidade de arrependimento dele

O apóstolo João escreveu: "Se alguém vir pecar seu irmão pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniquidade é pecado, e há pecado, que não é para morte " (1 João 5:16,17).

Irmãos, toda a iniquidade é pecado, e nós sabemos que "o pecado é a violação da lei" (1 João 3:4), como diz o mesmo João. Ora, a Escritura testifica que "o salário do pecado é a morte" (Rom. 6:23), portanto, deve ser bem claro que quando é também um filho de Deus a pecar a recompensa que a violação da lei lhe dá é a morte; e de facto, é precisamente por esta razão que o crente, se peca, depois que pecou fica perturbado, descontente e sente uma dor interior que o traspassa como uma flecha, exactamente porque "o salário do pecado é a morte" (Rom. 6:23). Mas o apóstolo escreveu: "Se alguém vir pecar seu irmão pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecaram para morte" (1João 5:16); isso significa que se nós virmos um irmão cometer um pecado que não é para morte, devemos orar a Deus para que ele seja vivificado, sim, porque Deus dá a vida ao crente que comete um pecado que não é para morte e se arrepende do seu pecado confessando-o e abandonando-o. Há um pecado porém que se um crente comete é impossível de novo levá-lo a arrependimento e por isso é inútil orar por ele, de facto João diz: "Por esse não digo que ore" (1João 5:16); em outras palavras, para aquele irmão que comete este pecado que é para morte não há mais a possibilidade de se arrepender e de obter vida de Deus. Que fim espera este crente? O crente que comete este pecado para morte é condenado à segunda morte, isto é, ao lago ardente de fogo e enxofre e isso porque este pecado conduz, quem o comete, à segunda morte.

Ora, como toda a iniquidade é pecado e pecados existem de muitos géneros é necessário acertar com as Escrituras em que consiste este pecado que é para morte, e isto também para evitar que algum de nós comece a condenar um irmão por um qualquer pecado que o viu cometer dizendo-lhe que cometeu o pecado que é para morte e que para ele não há mais esperança. É necessário manejar bem a palavra da verdade também ao falar do pecado que é para morte para evitar transtornar o ânimo dos discípulos e de induzi-los à desesperança com palavras que não se podem aplicar a eles porque não cometeram o pecado que é para a morte. Ora, vejamos o que é dito a propósito deste pecado na epístola aos Hebreus para perceber no que é que ele consiste.

Está escrito: "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a benção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada" (Heb. 6:4-8). Antes de tudo vejamos de perto as características daqueles que se recairem é impossível que sejam outra vez renovados para arrependimento porque elas são características que podem ter e têm só os verdadeiros filhos de Deus lavados dos seus pecados com o sangue do Cordeiro. Digo isto porque alguns fazem passar esta recaida como uma recaida que cometem pessoas que ainda não tinham aceitado completamente a Palavra de Deus ou que se estavam aproximando do Senhor, o que não é de modo nenhum verdade porque aqueles de quem o escritor fala aos Hebreus nestes versículos são  verdadeiros crentes.

Irmãos, quem, depois de ter ouvido o Evangelho da graça se aproximou de Deus reconhecendo-se pecador e necessitado de ser salvo foi iluminado por Deus que é luz; e quando ele creu com o seu coração em nosso Senhor Jesus Cristo obtendo a remissão dos seus pecados e a vida eterna ele provou o dom celestial que é Cristo Jesus porque está escrito: "O dom gratuito de Deus é a vida eterna" (Rom. 6:23) e porque João, falando do Filho de Deus, diz: "Este é .. a vida eterna" (1João 5:20); e quando ele é batizado com o Espírito Santo é feito participante do Espírito Santo. Ter provado a boa Palavra de Deus significa ter-se alimentado não só do "puro leite espiritual" (1 Ped. 2:2) mas também do alimento sólido que é para adultos; e ter provado "as virtudes do século futuro" (Heb. 6:5) significa ter recebido os dons do Espírito Santo. Ora, se, quem experimentou todas estas coisas rejeita o Senhor, e recua (deixando-se envolver e vencer pelas contaminações do mundo), tomando a decisão de não querer mais seguir o Senhor e de renunciar a Cristo e de não querer mais ouvir falar dele, esse tal comete o pecado que é para morte e por esse tal não se deve orar porque é impossível que seja outra vez renovado para arrependimento porque crucifica por sua conta de novo o Filho de Deus e o expõe ao vitupério. O escritor desta epístola diz que a terra que é regada por Deus e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada é abençoada por Deus, mas se produz espinhos e abrolhos é reprovada e maldita e o fim que a espera é ser queimada; assim é com o crente, porque se ele está no Senhor o Senhor está nele, ele dá muito fruto para a glória de Deus e Deus o abençoa; mas se ele deixa de estar no Senhor, o Senhor deixará de estar nele e ele produzirá só espinhos e abrolhos, tornando-se um homem reprovado quanto à fé, um filho da maldição que no fim será lançado no lago ardente de fogo e enxofre para ser queimado e atormentado pela eternidade.

A razão pela qual o escritor desta epístola escreveu estas coisas aos Hebreus que tinham crido em nosso Senhor Jesus Cristo é a seguinte: estes crentes estavam suportando uma grande perseguição por causa da sua fé em Jesus Cristo e eram tentados, no meio da perseguição, a recuar e o Escritor, que  conhecia tanto eles como os sofrimentos que eles tinham que suportar por causa do Evangelho, os exortou a reter firme até ao fim a sua confiança em Cristo e os alertou que o recuar e o renunciar à graça para voltar a oferecer aqueles sacrificios pelo pecado cujo sangue não podia cancelar os pecados, porque se o fizessem se condenariam a eles mesmos à eterna perdição porque pisariam o Filho de Deus e teriam por profano o sangue do concerto com o qual tinham sido santificados, e ultrajariam o Espírito da graça. Ele falou da sorte que cabe a quem recua e do castigo que este é digno de receber do Deus vivo nestes termos: "Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do concerto com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo " (Heb. 10:26-31). Estas palavras são também elas dirigidas a todos nós que cremos porque o próprio escritor que era um crente se inclui dizendo: "Se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade.." (Heb. 10:26) (nós filhos de Deus recebemos o conhecimento da verdade), e porque nós somos os que foram santificados com o sangue do concerto. Portanto irmãos, se os que conheceram a verdade que está em Cristo Jesus, pecam voluntariamente, isto é, se pecam para morte, eles cometem um pecado que não lhes poderá ser perdoado (pecado que paga ao transgressor com a morte eterna), e para eles não restará mais alguma esperança de serem salvos porque perderão a boa esperança que têm; aquilo que restará para eles será só a expectação horrível do juízo de Deus. Eles serão julgados dignos de receber um castigo pior do que aquele que recebiam os que transgrediam a lei de Moisés e que eram condenados à morte, porque pisarão o Filho de Deus, tendo por profano o sangue de Cristo com o qual foram aspergidos e ultrajarão o Espírito da graça, isto é, o Espirito Santo que está nos nossos corações e por meio do qual clamamos: Aba! Pai!; (recordai-vos que Jesus disse: “Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo” [Mar. 3:29]).

A possibilidade de arrependimento que tem quem comete um pecado que não é para a morte

Devo dizer que tanto a expressão "e recaíram" (Heb. 6:6) como aquela "se pecarmos voluntariamente" (Heb. 10:26) fazem referência ao pecado para a morte e não a qualquer pecado porque doutra forma isso significaria que para uma qualquer violação da lei seria impossível, para quem a comete, arrepender-se dela e obter o perdão dela e que não haveria mais alguma esperança para ele porque é condenado ao fogo eterno. Demonstro-vos como é possível levar a arrependimento um irmão que comete um pecado que não é para morte e como nós podemos obter a remissão de todos os pecados (excepto o pecado para morte) com as seguintes Escrituras:

Ÿ Paulo aos Gálatas escreveu: "Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão" (Gal. 6:1). Um crente que comete um pecado que não é para morte pode ser corrigido, portanto também perdoado. O apóstolo quando diz: "em algum delito" (Gal. 6:1) não  inclui lá também o pecado para a morte porque quem cai cometendo este pecado não pode mais ser corrigido de nenhuma maneira porque é impossível renová-lo de novo para arrependimento. É verdade que "sete vezes cairá o justo, e se levantará" (Prov. 24:16), mas também é verdade que se o justo cai cometendo o pecado para morte jamais poderá levantar-se.

Ÿ Jesus disse: "Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe" (Lucas 17:3,4). Um irmão que comete um pecado que não é para morte pode arrepender-se e ser perdoado. A Escritura não diz: ‘Se o teu irmão peca para morte repreende-o’, porque para quem comete o pecado que é para a morte não há mais a possibilidade de arrependimento e portanto é inútil repreende-lo como também é inútil orar por ele.

Ÿ João diz: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" (1João 1:9,10). Nós podemos confessar os nossos pecados ao Senhor com a certeza que eles nos serão perdoados. Se todos os pecados fossem para morte nós não teriamos nenhuma saída irmãos e a Escritura seria anulada porque nós não poderiamos também confessá-los a Deus para dele obter a remissão; nós não poderiamos dizer a Deus: "Perdoa-nos as nossas dívidas" (Mat 6:12) o que equivalaria a dizer que o Senhor nos enganou. O pecado para morte não tem remissão eternamente, por isso não se pode incluir entre os outros pecados que se podem confessar e que podem ser lavados com o sangue de Jesus Cristo; tende isto sempre presente.

Ÿ Tiago diz: "Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados" (Tiago 5:19,20). Das palavras do apóstolo Tiago se percebe que se um irmão se desvia da verdade pode ser convertido, por isso pode ainda arrepender-se. Portanto não se pode dizer que se alguém se desvia da verdade, seguindo alguma estranha doutrina, cometeu o pecado para morte e não pode mais arrepender-se, porque Tiago admite a possibilidade que ele possa ser salvo do erro do seu caminho e que os seus pecados lhe sejam perdoados. O ponto que queria sublinhar é que enquanto é possível levar a arrependimento um irmão que se desvia da verdade isso não é possível fazê-lo com quem comete o pecado para morte.

Também Paulo admite a possibilidade de alguém que se desvia da verdade poder ser levado a arrependimento, de facto depois de ter dito a Timóteo que entre aqueles que se tinham desviado da verdade estavam Himeneu e Fileto que diziam que a ressurreição já tinha acontecido, disse-lhe: "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor, instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos" (2 Tim. 2:24-26). Como podeis ver Paulo afirma que o servo do Senhor deve instruir com mansidão aqueles que resistem à verdade (resistem porque se desviaram dela) porque pode acontecer que Deus lhes deia o arrependimento e o conhecimento da verdade e sair assim do laço do diabo no qual cairam. Isto ao invés não pode acontecer no caso de um crente cometer o pecado que é para morte porque é impossível outra vez renová-lo para arrependimento.

Ÿ Jesus Cristo disse ao anjo da igreja de Tiatira: "Mas tenho contra ti que toleras Jazabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações" (Ap. 2:20-23).

Na igreja de Tiatira havia uma mulher de nome Jazabel que seduzia os servos de Cristo Jesus para que estes cometessem adultério com ela e para que comessem coisas sacrificadas aos ídolos (coisas condenadas pela lei e que são pecado). O Senhor fez então saber ao anjo da igreja de Tiatira que Ele tinha dado tempo a esta mulher para arrepender-se mas ela não queria arrepender-se e por isso a puniria pondo-a numa cama, um leito de dores e ferindo de morte os seus filhos; o Senhor lhe disse que também os seus servos seriam por ele punidos severamente se eles não se arrependessem das obras daquela mulher. É claro que se Jazabel e aqueles servos de Jesus Cristo que tinham sido  por ela seduzidos a fazer aquelas más obras tivessem cometido o pecado que é para morte o Senhor não lhes daria tempo para se arrependerem porque seria contraditório dado que sabemos que é impossivel levar de novo a arrependimento os que pecam para morte. Também neste caso, embora estes tenham cometido pecados, também permanecia para eles a possibilidade de arrependerem-se e de obter a remissão dos seus pecados.

Ÿ Paulo escreveu aos Coríntios: "Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereríeis; que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos; que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e chore por muitos daqueles que dantes pecaram, e não se arrependeram da imundícia, e fornicação, e desonestidade que cometeram " (2 Cor. 12:20,21). Na igreja de Corinto haviam alguns que se tinham dado à imundícia, à fornicação e à desonestidade, que são todas obras da carne, e Paulo receava que quando voltasse aos Coríntios teria que punir e julgar os que não se tinham arrependido destes seus pecados. Mas estes não se tinham arrependido daqueles pecados não porque tinham cometido o pecado que é para morte e era impossível levá-los de novo a arrependimento, mas porque eles mesmos não se quiseram arrepender. Também neste caso vemos como o Senhor dá um tempo para arrependimento dos pecados e que no fim deste tempo se vê que não vem o arrependimento pune.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eleições 2010 - Daniel Nascimento, Candidato a Deputado Estadual 25075 – Partido Democratas

Meus amigos do Orkut, da internet, clientes e amigos pessoais que fazem parte da minha vida todos os dias, eu gostaria de comunicá-los, sobre minha decisão pessoal de concorrer nas próximas eleições como candidato a deputado estadual pelo DEM.

Ao longo do tempo, tornou-se comum escutarmos que a política é suja e constituída basicamente por pessoas sem o menor preparo pessoal, moral e profissional, mas eu faço a seguinte pergunta, por que essas pessoas estão no poder? Por que esses homens e mulheres inescrupulosos comandam a vida pública do município, do estado e da nação?

Todos nós temos a resposta, talvez por falta de opção, por falta de esperança, por falta de confiança, nos vemos obrigados a escolher esse ou aquele candidato que consideramos que seja o "menos pior", dentre os que estão concorrendo a um cargo público, e com isso acabamos elegendo aquele que nós eleitores sabemos que vai "desviar-se" do caminho, mas vai fazer alguma coisa.

Amigos, o caminho não é esse, eu gostaria de lembrá-los que o voto é um dever cívico, constitucional e que ao longo da história grandes nomes do passado e ainda do presente lutaram para que todos nós, eu e você tivéssemos o direito de escolher nossos representantes.

Então que o façamos, com responsabilidade, com consciência, sabendo que aquilo que fazemos na urna vai refletir diretamente em nossas vidas pelos próximos quatro anos.

Eu costumo dizer que o mal só prevalece quando os bons não fazem nada; então nós, os bons não podemos ficar de braços cruzados vendo nossas vidas serem dirigidas por pessoas cuja única preocupação é o próprio umbigo.

Eu percebi ao longo de minha vida, como cidadão brasileiro e patriota que sou, que não adianta apenas ficar indignado, não chegaremos a lugar nenhum, por isso amigos, eu quero e vou fazer a diferença como homem público que se Deus assim o quiser, eu serei, pela vontade D'ele e com a ajuda de vocês.

Dia 30 de outubro estaremos diante novamente da urna, nesse dia eu espero ser lembrado por vocês e todos que fazem parte do meu círculo de amigos, que eu não os decepcionarei, e assim como a minha vida sempre foi pautada por princípios de honestidade e dignidade, assim será por toda a minha existência como homem público ou não.

"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução." (Provérbios 1: 7)

Daniel Silva do Nascimento

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Decisão do Supremo revela limites da Ficha Limpa

Gilmar Mendes suspende efeitos da lei para o senador Heráclito Fortes (DEM). Julgamento do caso do parlamentar teria de ter prioridade, mas só vai ocorrer em agosto. STF pode sofrer enxurrada de casos semelhantes.

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Uma decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) revelou como as boas intenções da Lei da Ficha Limpa, em vigor desde 4 de junho, poderão esbarrar na lentidão do Judiciário. O ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu pela primeira vez os efeitos da lei para um político ficha-suja: o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
Com a suspensão da inegibilidade dele, a análise do caso deveria ter prioridade de julgamento. Mas isso só vai ocorrer em agosto. Nos bastidores, especula-se que o STF pode ser alvo de uma enxurrada de recursos dessa natureza, o que o levaria a não conseguir julgá-los antes das eleições em outubro.

Mendes suspendeu ontem uma decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) que condenou Heráclito For­­tes por “conduta lesiva ao patrimônio público”. Heráclito foi condenado por promoção pessoal em publicidade de obras realizadas quando ele era prefeito de Teresina (de 1989 a 1993). Na justificativa, Mendes observou que tomou sua decisão de forma urgente “ante a proximidade do término do prazo para o registro das candidaturas”.

Pela Lei da Ficha Limpa, como o senador já havia sido condenado por um colegiado de desembargadores do TJ-PI, estaria inelegível e não poderia concorrer à reeleição neste ano. Mas He­­­ráclito já havia recorrido ao STF em 2000 para suspender a sentença da Justiça do Piauí – muito antes, portanto da Ficha Limpa.

A nova lei que trata da inegibilidade prevê que o julgamento do recurso apresentado por He­­­ráclito, bem como os dos demais ficha-sujas, devem ter prioridade de julgamento. Mas, no caso específico do senador, essa prioridade só poderá ser cumprida em agosto, quando ocorre a próxima sessão da 2.ª Turma do STF – devido ao recesso judiciário, que começou ontem.

Como outros políticos fichas-sujas também devem recorrer ao Supremo para tentar suspender os efeitos da nova lei, o STF poderá ficar abarrotado de recursos para julgar antes das eleições de outubro.

Em tese, porém, os recursos podem vir a ser apreciados após o pleito. Eleitos que forem condenados perderiam o registro de candidatura e não poderiam assumir ou teriam de largar o cargo. Mas isso criaria um conflito jurídico-político – como o que ocorreu na eleição municipal de 2008, quando o deputado estadual paranaense Antonio Belinati venceu a disputa pela prefeitura de Londrina, mas teve sua candidatura impugnada somente depois disso. A cidade teve de realizar uma nova eleição para saber quem seria o novo prefeito.

STF

Ex-deputado pede fim da legislação

O ex-deputado estadual José Carlos Gratz (PSL-ES) entrou ontem com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei da Ficha Limpa. Gratz afirma que a lei vai contra o entendimento do Supremo que, em 2008, determinou que nenhum candidato é inelegível antes de ser condenado em última instância (a Ficha Limpa prevê, por exemplo, que uma condenação em segunda instância já é motivo de inegibilidade).

Para Gratz, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) feriu a força vinculante do julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 144, ajuizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros em 2008. No julgamento da ação, o STF estabeleceu que, em respeito ao princípio constitucional da presunção da inocência, somente condenações definitivas podem gerar inelegibilidade de candidatos.

Gratz já foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão e ao pagamento de multa pelo crime de corrupção eleitoral. Ele foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de calçar ruas de Vila Velha (ES) para obter votos dos moradores.

sábado, 3 de abril de 2010

Desiludidos, figurões do Congresso desistem de tentar a reeleição

 

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MARIA CLARA CABRAL
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Desilusão com a produtividade no Legislativo, o altíssimo custo das campanhas eleitorais, os financiamentos obscuros e o risco crescente de escândalos na classe política. Esses são os motivos alegados para que prestigiados senadores e deputados desistam de concorrer à reeleição este ano.

Com história política notável e alguns com votos mais do que suficientes para tentar novos mandatos, eles seguem a trilha aberta pelo ex-governador e atual presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) e dizem que não têm mais entusiasmo para continuar na vida parlamentar.

Na lista há nomes como os do líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), do deputado mais votado do PSDB em 2006, Emanuel Fernandes (SP) e do secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo (SP).

Renovação no Congresso é normal, porque há uma dança de cadeiras entre os vários Executivos e Legislativos. Desta vez, porém, a questão não é de quantidade, mas de qualidade.

Levantamento feito pela Folha junto às lideranças partidárias aponta que cerca de 88% dos 513 deputados devem tentar a reeleição, com a expectativa de renovação de 50%, mas a bancada do "cansei" abrange quase todos os partidos, espectros ideológicos e regiões.

Uns ainda se animam com a possibilidade de ocupar funções em campanhas à Presidência ou a governos estaduais e cavar cargos executivos, onde se consideram "mais úteis". Outros pensam em simplesmente abandonar a política.

Com os "figurões" desistindo, o temor de cientistas políticos e dos congressistas é que o espaço seja preenchido por pessoas com cada vez menos experiência e menor vocação para a política real. Deputados e senadores que já foram prefeitos e governadores podem ser substituídos por quem nunca se elegeu nem a vereador.

"A desilusão sempre existiu, mas hoje o movimento está maior e as críticas mais virulentas. E isso pode resultar em uma diminuição da qualidade política", avalia Marcos Verlaine, analista político e assessor parlamentar do Diap.

Fernando Coruja, médico em Santa Catarina, diz que não vai disputar as eleições por se sentir "inútil": "Parece que aqui [na Câmara] você não é importante para beneficiar o seu eleitor, cada vez menos o parlamentar tem capacidade de decisão. Me sinto mais útil exercendo a minha profissão".

O tucano recordista de voto na Câmara, Emanuel Fernandes, também cogita não concorrer. Ele, que já foi prefeito de São José dos Campos (SP), diz que a figura do parlamentar está desacreditada: "Não decidimos coisas estruturais, que realmente têm importância".

José Eduardo Cardozo divulgou carta no começo do mês na qual anuncia sua desistência da vida parlamentar, reclama do atual sistema político, com campanhas caríssimas e da "banalização da ideia de que todo político é desonesto".

Vergonha

Essa banalização resulta em uma certa vergonha em ser parlamentar. Muitos que ostentavam orgulhosamente seus broches de parlamentares até há pouco tempo, agora chegam a tirá-los antes de viajar de avião para não serem hostilizados.

Figura polêmica, Ciro Gomes já foi ministro duas vezes, governador, prefeito e candidato a presidente. Em outubro, quer concorrer de novo à Presidência. Mesmo perdendo, garante que para o Congresso não volta: não gosta de passar horas discutindo sem ver resultados.

Além dele, há o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e os deputados Roberto Magalhães (DEM-PE), Germano Bonow (DEM-RS) e Ibsen Pinheiro.

Apesar das desistências, analistas políticos acham que o índice de renovação em outubro deve ficar em 50%, como em anos anteriores. "A renovação deve permanecer no mesmo nível, mas com alguns fatores negativos: sai gente boa e entra muita gente inexperiente", diz David Fleischer, da UnB.

Meu comentário:

De fato, tanto câmara quanto senado precisam de renovação, porém renovação sadia, o grande problema é que a imensa maioria da população ainda se deixa levar pela conversa de políticos corruptos, e acaba por vender o seu voto e com isso prejudicando a si própria.

Caso não fosse assim não teríamos malufs e arrudas desfilando em Brasília, acho que é por isso que a educação é relegada a segunda plano, pois com uma população educada, essa canalhada não voltaria ao poder, infelizmente ainda não é assim e essa corja continua voltando.

Defendo a idéia que todo cidadão comprometido com o bem estar comum deve fazer a sua parte, votar com consciência, acompanhar a vida política do seu candidato, e a votação de temas importantes para o povo brasileiro.

Não vote em político que estiver respondendo a qualquer processo, pois onde há fumaça, há fogo, não espere para saber se esse ou aquele parlamentar é culpado ou inocente, o simples fato de ter o nome estar arrolado em alguma investigação já é motivo de desconfiança, e o pior é que são sempre as mesmas caras, malufs, arrudas, dirceus, barbalhos, cunhas, e com letra minúscula mesmo.

Nas próximas eleições vamos colocar para fora essa gentalha que teima em se apegar ao banditismo político e amor ao dinheiro público, o mesmo dinheiro que ao ser desviado, falta na educação, na saúde, na segurança pública, no saneamento básico e por aí vai, faça a sua parte que recompensa virá com certeza…

sexta-feira, 26 de março de 2010

ELEIÇOES 2010 - OS NOVOS CANDIDATOS


A cada novo período eleitoral, nós somos obrigados a conviver durante a campanha, com os mais variados tipos de candidatos rídiculos que se apresentam para um cargo público, sabemos que mesmo diante da mais remota possibilidade de se elegeram, jamais serão levados a sério, nem tampouco estão preocupados com isso, na verdade o que querem é uma boquinha para fazer uma grana extra.
Vejam este cidadão, será que alguém realmente acredita que ele caso fosse eleito, faria alguma coisa em prol dos seus eleitores, eu penso que não.
O Brasil hoje carece de patriotas, de homens e mulheres comprometidos com o futuro da nação, de brasileiros que sonhem com um Brasil gigante pela própria natureza, de um país que se afaste da corrupção política e que faça desse país uma nação respeitada no mundo.
E como se consegue isso? Será que somente fazendo protestos e gritando FORA LULA, FORA FHC, isso não tem efeito, pois vivemos em uma democracia e foram eleitos pela maioria do voto popular, a minha opinião é de que aqueles que realmente se importam façam alguma coisa de maneira política, procure ficar atento ao que acontece na vida política do seu país, participe de forma construtiva, candidate-se, acredite que você pode fazer a diferença, faça a diferença.
Vamos juntos atrás de um sonho, vamos fazer desse país um lugar digno, com justiça de verdade, não essa justiça falha que só serve para prender ladrão de galinha, nós precisamos de políticas públicas sérias que de fato resolvam os problemas sociais, precisamos criar leis que punam menores infratores e que os intimidem de verdade a ponto de não cometerem crimes, acreditando na impunidade de uma lei que os protege.
Devemos falar a verdade quando ela deve ser dita, como as que o Deputado Federal Jair Bolsonaro costuma dizer quando acha que deve, admiro esse político, pois na minha opinião parece ser um dos poucos ainda éticos no cenário nacional.
Um dos meus sonhos como cidadão brasileiro, é ver as leis serem cumpridas por todos nesse país, é ver criminosos pagando por seus crimes sem progressão de pena, considero um absurdo que um assassino, um estuprador, um traficante que fez e aconteceu no mundo do crime ao se ver preso vire um verdadeiro santo e com pouco tempo esteja de volta nas ruas cometendo seus crimes.
Bandeira_do_Brasil
Lembre-se, o mal só prevalece quando os bons não fazem nada…
FAÇA A SUA PARTE, VOTE COM CONSCIÊNCIA, VOTE COM AMOR PELO SEU PAÍS E VAMOS MUDAR A CARA DESSA NAÇÃO.
Daniel.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Brasil negocia compra de sistema antiaéreo da Rússia


O Exército brasileiro negocia com o governo da Rússia a compra de um sistema de defesa antiaérea inédito no país, informa reportagem de Igor Gielow, publicada nesta quarta-feira pela Folha.
A aquisição poderá mudar o Brasil de patamar em termos de capacidade de defesa, acrescentará temperatura ao processo de militarização da América Latina e poderá provocar reações em Washington.
Rússia rebate críticas do Irã sobre baterias de defesa antiaérea
Plano antimíssil antigo dos EUA trazia mais desgaste que ganhos
Segundo a reportagem, uma comitiva brasileira esteve em agosto na Rússia para avaliar o sistema, o Tor-M2E. Uma equipe de dez técnicos russos irá expor mais detalhes de sua proposta em uma reunião hoje no Quartel-General do Exército, em Brasília.
O Tor-M2E é a mais recente geração de um sistema de defesa com mísseis terra-ar desenvolvido na antiga União Soviética e considerado o mais eficaz modelo em operação no mundo. Ele serve para abater aviões, helicópteros, armas de alta precisão e mísseis, usando radar.








terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lula defende direito de Irã manter programa nuclear pacífico

Em troca, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, apoia a pretensão do Brasil de ocupar vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU
REDAÇÃO ÉPOCA
Eraldo Peres/AP
BONS AMIGOS
Lula e Ahmadinejad no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O presidente iraniano disse que o brasileiro é um 'bom amigo'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (23), em Brasília, o direito do Irã de manter um programa nuclear pacífico, marcando, de forma oficial, a posição do Brasil em um dos temas mais espinhosos das relações internacionais atualmente. Em contrapartida, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, declarou apoio à pretensão do Brasil de ingressar no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), ao mesmo tempo em que pediu reformas profundas no grupo.
Em seu discurso, Lula disse sonhar com um Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre na América Latina, e deixou claro que o Irã deve seguir os acordos internacionais, como o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. “Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos e com respeito aos acordos internacionais e esse é o caminho que o Brasil vem trilhando”, afirmou Lula. “Não proliferação e desarmamento nuclear devem andar juntos”, disse.
Há anos o Irã tenta desenvolver um programa nuclear supostamente pacífico, que teria a medicina e a produção de energia como objetivos principais. O problema é que Teerã jamais conseguiu convencer as potências de que seu programa não tem fins militares.
O tom bélico de Ahmadinejad – que prega a destruição de Israel – e os intermináveis jogos de guerra do Irã, em especial os testes com mísseis, tornam ainda mais difícil que o país persa encontre apoio internacional.
Em outubro, Irã, Estados Unidos, França e Rússia acertaram acordo preliminar com algumas medidas que o país teria que cumprir para manter seu programa nuclear. Entre elas estava o envio do urânio (combustível dos reatores) para a Rússia, onde seria enriquecido e devolvido ao Irã. Isso evitaria que Teerã pudesse enriquecer o combustível a um nível que permitisse a construção de armas nucleares, mas o Irã não referendou o chamado acordo de Viena, e mantém seu programa nuclear à revelia das Nações Unidas.
Em troca da manifestação de Lula, Ahmadinejad apoiou a entrada do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. O iraniano afirmou que os países que atualmente têm assento permanente no órgão (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) contribuíram para conflitos no mundo e disse que o poder de veto dessas nações contribuiu para o conselho "fracassar nos últimos 60 anos". “Precisamos elaborar um novo plano, um novo modelo, para gerenciar o futuro do mundo. O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve passar por mudanças fundamentais", afirmou o iraniano.
Ahmadinejad, que foi recebido em Brasília sob protestos de grupos a favor e contra sua visita, disse que Lula era um "bom amigo". "Brasil e Irã são dois países importantes e atuam em duas regiões bastante sensíveis do mundo. O mundo hoje enfrenta desafios de dimensões formidáveis. Tem havido um crescente ceticismo, falácias, e também vemos a continuidade de políticas por nações que desejam manter e continuar seu domínio no mundo", disse. Essa foi a primeira visita oficial de Ahmadinejad ao Brasil.
Brasil e Irã assinaram três acordos: um de cooperação comercial entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Câmara de Comércio e Indústria do Irã; outro de supressão de exigência de visto para passaportes diplomáticos; e um terceiro para estimular o intercâmbio cultural. Lula e Ahmadinejad assinaram também memorandos de cooperação e entendimento nas áreas de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Comércio Exterior e entre os bancos centrais dos dois países. Foi firmado um convênio entre a Embrapa e a Organização para Pesquisa e Educação e Extensão Agrícola do Irã. E o presidente brasileirou afirmou que haverá uma parceria em projetos de energia elétrica e para levar a "experiência brasileira veículos movidos a gás e etanol" ao Irã.